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terça-feira, 22 de novembro de 2011

MAIS UMA AGRESSÃO AO RIO JAGUARIBE

Quem sai de Iguatu pela Rodovia Iguatu-Icó, logo após a ponte grande do Rio Jaguaribe encontra uma outra ponte sobre um branço do mesmo Rio.  Ao chegar a esta pequena ponte, vê-se escrito em uma placa de advertência oficial: Ponte sobre  braço do Rio Jaguaribe. Pois bem, alí, quase não se consegue ver o que resta deste braço do rio. Montanhas de entulho e construções avançam sobre o leito ressequido. Tal é a insensatez da especulação imobiliária, que na sanha de ganhar dinheiro com a venda de mais um " terreno" para construção, esquece:
1. O regime hidrológico do Rio Jaguarie é variável e migratório - ou seja, está sujeito a mudanças de curso, ora passando em maior volume por um braço, ora por outro, ora voltando ao leito principal;
2. O regime de chuvas em nossa região é periódico, sendo alternado por anos de poucas chuvas e anos de cheias extraordinárias - nestes períodos as águas avançam sobre as margens e várzeas, ocupam braços de forma avassaladora.
Ora, na ocorrência destas cheias, a população iguatuense é testemunha, são comuns as "invasões" de residências obrigando a desocupação de bairros inteiros por conta dos alagamentos. O Bairro Vila Neuma, por exemplo, já teve sua população evacuada por várias vezes nos últimos 40 anos mas a população "teima" em voltar ao Bairro.
Imagine então com o aumento dessa ocupação desordenada das margens, várzeas e leito do Ro Jaguaribe, o que acontecerá?
Cabe aqui a previdência dos planejadores e urbanistas municipais para não permitir que a especulação imobiliária venha a ganhar dinheiro em cima da população desavisada.
Neste sentido, solicito a todos de sã consciência que participem às autoridades o que está acontecendo em Iguatu por conta da ocupação irresponsável das áreas de dominio fluvial e lacustre sob pena de estarmos sendo cúmplices de mais um crime ambiental e também crime econômico contra a população que adquire estes imóveis com finalidade de habitar. Também não deixa de ser um crime contra o patrimônio público, levando-se em conta que evacuar populações, obras de saneamento nestas áreas e construir novas moradias para populações atingidas por cheias é um custo que poderia ser evitado na sua origem.
Paulo Maciel - paulomaciel69@hotmail.com - 085 99327015