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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Manifesto do Comitê Brasil em Defesa das Florestas

Por que tanta polêmica em torno da manutenção do que resta das nossas  florestas? Será possível que ambientalistas, cientistas, religiosos, empresários, representantes de comunidades, movimentos sociais e tantos cidadãos e cidadãs manifestem sua indignação diante do texto do Código Florestal, aprovado pela Câmara dos Deputados, apenas por um suposto radicalismo ou desejo de conflito sem cabimento? Será justo afirmar que os defensores das florestas não levam em conta as pessoas e suas necessidades de produzir e consumir alimentos? Do que se trata, afinal? O que importa para todos os brasileiros? Importa, em primeiro lugar, esclarecer a grande confusão sob a qual se criam tantas desinformações: não está se fazendo a defesa pura e simples das florestas. Elas são parte dos sonhos de um país com mais saúde, menos injustiça, no qual a qualidade de vida de todos seja um critério levado em conta.  Um Brasil no qual os mais pobres não sejam relegados a lugares destruídos, perigosos e insalubres. No qual a natureza seja respeitada para que continue sendo a nossa principal fonte de vida e não a mensageira de nossas doenças e de catástrofes.
 A Constituição Brasileira afirma com enorme clareza esses ideais, no seu artigo 225, quando estabelece que o meio ambiente saudável e equilibrado é um direito da coletividade e todos – Poder Público e sociedade – têm o dever de defendê-lo para seu próprio usufruto e para as futuras gerações
Esse é o princípio fundamental sob ataque agora no Congresso Nacional, com a aprovação do projeto de lei que altera o Código Florestal. 23 anos após a vigência de nossa Constituição quer-se abrir mão de suas conquistas e provocar enorme retrocesso. 
Há décadas se fala que o destino do Brasil é ser potência mundial. E muitos ainda não perceberam que o grande trunfo do Brasil para chegar a ser potência é a sua condição ambiental diferenciada, nesses tempos em que o aquecimento global leva a previsões sombrias e em que o acesso à água transforma-se numa necessidade mais estratégica do que a posse de petróleo. Água depende de florestas. Temos o direito de destruí-las ainda mais? A qualidade do solo, para produzir alimentos, depende das florestas. Elas também são fundamentais para o equilíbrio climático, objetivo de todas as nações do planeta. Sua retirada irresponsável está ainda no centro das causas de desastres ocorridos em áreas de risco, que tantas mortes têm causado, no Brasil e no mundo. Tudo o que aqui foi dito pode ser resumido numa frase: vamos usar, sim, nossos recursos naturais, mas de maneira sustentável. Ou seja, com o conhecimento, os cuidados e as técnicas que evitam sua destruição pura e simples. É mais do que hora de o País atualizar sua visão de desenvolvimento para incorporar essa atitude e essa visão sustentável em todas as suas dimensões. Tal como a Constituição reconhece a manutenção das florestas como parte do projeto nacional de desenvolvimento, cabe ao poder público e nós, cidadãos brasileiros, garantir que isso aconteça. Devemos aproveitar a discussão do Código Florestal para avançar na construção do desenvolvimento sustentável. Para isso, é de extrema importância que o Senado e o governo federal ouçam a sociedade brasileira e jamais esqueçam que seus mandatos contêm, na origem, compromisso democrático inalienável de respeitar e dialogar com a sociedade para construir nossos caminhos. O Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, criado pelas instituições abaixo assinadas, convoca a sociedade brasileira a se unir a esse desafio, contribuindo para a  promoção do debate e a apresentação de propostas, de modo que o Senado tenha a seu alcance elementos para aprovar uma lei à altura do Brasil.


Brasília, 7 de junho de 2011


Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
Associação Brasileira de Imprensa (ABI)
Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Forum de ex-ministros de meio ambiente
Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 
Movimento SOS Florestas
Via Campesina
Federação de Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf Brasil)
Grupo de Trabalho Amazônico (GTA)
Comitê Intertribal da Rio+20
Associação Brasileira das ONGs (ABONG),
Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC)
Rede de Juventude Pelo Meio Ambiente (REJUMA)
Movimento Amazônia para Sempre
Movimento Humanos Direitos (MUDH)
Instituto Democracia e Sustentabiliade (IDS)
Greenpeace Brasil
Instituto Socioambiental (ISA)
Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra (MST)
Movimento de Mulheres Camponesas (MMC)
Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA)
Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
Associação (Apremavi)
Imaflora
Instituto Centro de Vida (ICV)
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) 
WWF Brasil
SOS MATA ATLÂNTICA
Associação Alternativa Terrazul
Vitae Civilis
Federação de Órgãos para a Assistência Social e Educacional (FASE)
IBASE
Sinpaf – Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário
Fórum Nacional de Reforma Urbana
Rede Ecumênica da Juventude (REJU)
Instituto Sociedade População e Natureza (ISPN)
Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC)
SOS Clima Terra
Movimento Inovação Brasil (MIB)Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul (PACS

terça-feira, 7 de junho de 2011

Municípios implementam planos para enfrentar problemas ambientais

Transcrevo a notícia abaixo com o intuito de divulgar atitudes proativas que de fato ajudam a recuperar/proteger o meio ambiente nos municípios interioranos. Estamos cansados de ouvir demagogia ou confissão de "mea culpa" de gestores municipais que ficam esbanjando palavreado em defesa do meio ambiente, mas de fato, na prática, pouco ou nada fazem.
Em Iguatu, nas comemorações escolares da semana do meio ambiente assistimos estupefatos mais um espetáculo para iludir os municípes utilizando-se as palavras meio ambiente de maneira totalmente despropositada e mal intencionada, tentando fazer crer que há esta preocupação por parte dos gestores do municipio, mas na pratica, para os ouvidos e mentes mais atentas, percebemos claramente o silogismo do palavreado tentanto vender gato por lebre.
As questões ambientais de iguatu são graves e urgentes e carecem de ações verdadeiramente comprometidas e não somente focadas para os interesses imediatistas de grupos que estão no poder que utilizam falsos discusrsos contra uma oposição que também nunca teve compromisso com a questão ambiental. Enquanto eles brigam, a natureza sofre e o povo padece junto.
Espero que o texto que se segue sirva de inspiração aos de boa vontade e, àqueles que subestimam a nossa inteligência, que sirva de puxào de orelhas...
Paulo Maciel
 


Da Redação - Cuiabá / Várzea Grande, 07/06/2011 - 14:19.
Os municípios de Poconé, Nova Brasilândia, Rosário Oeste, Nobres, Acorizal e Chapada dos Guimarães, todos da Baixada Cuiabana, são os primeiros a implementarem seus Plano de Enfrentamento dos Problemas Ambientais (PEPA). A iniciativa é resultado de curso de capacitação em Educação Ambiental e Meio Ambiente, realizado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), por meio da Superintendência de Educação Ambiental (Suea), e instituições parceiras. Na última quinta-feira (02.06), no Espaço Sagui, do Parque Estadual Mãe Bonifácia, durante a programação que comemorou o dia mundial do Meio Ambiente, foi realizado um fórum para que cada município, apresentasse o seu PEPA.
O objetivo do PEPA é dar seguimento as discussões formalizadas a partir do projeto de capacitação “Diálogo Inicial”, que propiciou o levantamento das necessidades de cada um dos municípios para que fossem priorizadas e definidas ações a serem transformadas em planos para serem executados pelas respectivas prefeituras municipais.
Na avaliação da Célia Gomes Ferreira de Araujo, que apresentou o PEPA - Projeto Eco, que aborda a questão das sacolas retornáveis e está sendo implementado no município de Nobres (146 Km a Médio-Norte da Capital) , “é de extrema importância, no caso das sacolas plásticas, que elas sejam evitadas. Grande parte delas acaba indo para bueiros e redes de esgoto, colaborando assim para as enchentes, poluindo o meio ambiente, além de levar séculos para se decompor”.
A recuperação das margens dos rios foi outro tema abordado pelos municípios. “Reposição da Mata Ciliar das Margens do Ribeirão Cotia”, foi o tema do município de Rosário Oeste (128 quilômetros da capital, na Região Norte do Estado), apresentado pelas professoras Inês Fátima Cerutte e Edinalva C. da Cruz, que apontaram como sendo a principal preocupação, a degradação do ribeirão Cotia e a ausência de mata ciliar em alguns pontos do seu percurso, especialmente no perímetro urbano. “Por meio do PEPA pudemos apontar a necessidade de um trabalho de reflorestamento da área degradada com plantio de mudas de espécies nativas da região na tentativa de minimizar os efeitos negativos causados pela falta da mata ciliar. É necessária uma ação urgente nessa área para que a mesma não sofra ainda mais erosão e conseqüente assoreamento”, observou Cerutte.
Entre diversos temas apresentados, o município de Acorizal (a 62 Km ao Norte de Cuiabá) apresentou “O Lixo que Vira Luxo”, pela professora Maria Sueli dos S. Barros, elaborado com o objetivo sócio educativo, com incentivo ao trabalho artesanal, de forma a conscientizar a população sobre a importância da preservação do meio ambiente.
“O problema da grande quantidade de lixo não biodegradável descartada pelo homem, nos lava a refletir sobre o quê devemos fazer com esses materiais?”, questionou a professora que vê na conscientização o melhor caminho. “Despertar os alunos, pais e comunidade de modo geral da necessidade de adotar práticas que visem a diminuição de materiais inorgânicos, bem como os meios de reutilização para gerar renda, conhecimento e bem estar social, é uma possibilidade”, destacou Maria Sueli.
Para a superintendente de Educação Ambiental da Sema, Lívia Mondin, “a Semana do Meio Ambiente é uma oportunidade de dar visibilidade as ações que já vem sendo desenvolvidas em prol de um Meio Ambiente mais saudável e para que seja possível somar todos os esforços visando mudanças de comportamentos e atitudes”, destacou ela.
Também foram apresentados planos de ações nas áreas de Coleta Seletiva, Erosão/Voçoroca; Desmatamento/Recomposição da Vegetação Nativa; Queimada e Aterro Sanitário.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

AGORA É LEI - NÃO CUIDAR DO LIXO É CRIME!

Finalmente foi aprovada a Política Nacional dos Resíduos Sólidos e fica definido o Marco Regulatório. De acordo com a lei aprovada pelo Congresso, todos os municípios brasileiros ficam obrigados a recolherem e destinarem apropriadamente os resíduos sólidos gerados na municipalidade. Desta forma, os municípios deverão construir seus aterros sanitários até 2014 sob pena de serem responsabilizados criminalmente. Municípios de pequeno porte que muitas vezes alegam poucos recursos para executarem estas obras e para operarem o sistema de coleta e aterro, poderão seguir os exemplos de alguns pequenos municipios que partiram na dianteira, constituindo aterros em regime de consórcio.
O municipio de Iguatu (CE) que deposita seus resíduos a céu aberto, na periferia do perímetro urbano, onde ocorre diariamente a queima, terá que se adequar à nova lei apesar das resistências em contrário. Se precisar de exemplo, a gestão municipal basta se espelhar em muncípios muito menores e nossos vizinhos. Senhores gestores, façam uma visita aos municípios que adotam o consórcio e se mirem nestes, a exemplo do vizinho municipio de Acopiara (CE) e seus parceiros que já vem vêm operando um aterro organizado pelo consórcio destes municípios.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

PERDA DA BIODIVERSIDADE x MUDANÇAS CLIMÁTICAS

A perda da biodiversidade causada pela homogenização dos cultivos (monoculturas) é um fato aceite no mundo atual. As mudanças climáticas trazem consigo a dificuldade de adaptação de espécies vegetais, pensando-se em termos de curto ou médio prazo.
As espécies vegetais utilizadas na agricultura moderna aqpresentam uma especialização genética direcionada para alguns poucos aspectos "produtivos" tais como volume de produção e aspectos mercadológicos (cor, tamanho, formato, textura dentre outros). Poucas espécies dominam a maioria dos cultivos modernos e entre estas espécies um número pequeno de variedades e cultivares domina toda a produção. A perda de adaptabilidade de tais culturas para as condições adversas que se criam pelo aumento das temperaturas, mudanças na umidade de solos e ar, mudanças nos regimes de chuvas entre outros fatores importantes para a agricultura, ocasionada pelo direcionamento do material genético das mesmas visando-se atender a estas condições que o mercado exige é algo que devemos ter em mente.
As variedades tradicionais dos cultivos agrícolas apresentam uma variabilidade grande no tocante a sua genética permitindo-lhes que os aspectos evolutivos funcionem como fator de adaptaçao às condiçòes adversas decorrentes das mudanças no clima.
As variedades  modernas, com maior homegenidade genética, especializadas em certos aspectos "produtivos"  levam à perda de certas caracterísitcas "selvagens" menos interessantes ao padrão produtivo capitalista.
A consequência trágica desta erosão genética para a resistência e adaptabilidade ao clima adverso são imprevisíveis. Esta seria talvez a mais drástica tragédia entre aquelas previsíveis pelas mudanças climáticas.
Paulo Maciel

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Apareceu o três-potes

Fazia tempo que escutava o canto de três-potes e desejava visualizar uma dessas aves. Finalmete tive esta felicidade. Enquanto acordava, hoje pela manhã, ouvindo o canto "três-potes, três-potes,..." , pensei: esta está bem próxima. Após algum tempo, Aparecida me chamou falando que havia um pássaro deconhecido por trás de nossa casa. Ciscava embaixo de um pé de goiaba que está no pequeno bosque. Era o três-potes. O mais interessante é que nosso sítio está localizado no semi-árido brasileiro, o que ajuda a defender a integridade do bioma caatinga, principalmente nesta conjuntura em que prevalecem posturas destrutivas como a dos deputados federais que aprovaram a descaracterização do Código Florestal, que vem legalizar atividades destrutivas para os ecossistemas da caatinga.
Paulo Maciel
Aramides cajanea plumbeicollis.jpgSitio Carnaúba - Alencar - Iguatu CE, BR

A FICHA DO BICHO

Saracura-três-potes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

 
Classificação científica
Reino:Animalia
Filo:Chordata
Classe:Aves
Ordem:Gruiformes
Família:Rallidae
Género:Aramides
Espécie:A. cajanea

 
A saracura-três-potes (Aramides cajanea) é uma espécie de saracura recorrente em áreas alagadas no Brasil, bem como do México à Argentina. Tais aves possuem cabeça e pescoço cinza, partes inferiores castanhas, abdome negro, bico esverdeado e pernas vermelhas. Também são conhecidas pelos nomes de saracura-do-brejo, sericóia, sericora e três-potes.